O paulista Gabriel Bandeira e o mineiro Gabriel Geraldo Araújo, também conhecido como Gabrielzinho, conquistaram as duas primeiras medalhas para a natação brasileira nas Paralimpíadas de Tóquio (Japão). As disputas ocorreram na manhã desta quarta-feira (25), no horário de Brasília.
Gabriel Bandeira levou o ouro com o tempo de 54s76, alcançando o novo recorde paralímpico na prova de 100 metros borboleta da classe S14 (deficientes intelectuais). As competições de natação são disputadas no Centro Aquático de Tóquio.
Nos 100m borboleta, atrás de Gabriel Bandeira, de 21 anos, ficou o britânico Reece Dunn, que levou medalha de prata, tendo obtido a marca de 55s12. Ele é o atual recordista mundial. Na sequência tivemos o australiano Benjamin Hance, com o tempo de 56s90.
Gabriel Bandeira começou a disputar a natação paralímpica somente em 2020 e somente este ano disputou sua primeira competição internacional. E agora, com essa ascensão meteórica, já é campeão do maior evento do mundo.
Apelidado de Bill, Gabriel Bandeira tem deficiência intelectual e déficit de atenção. Em entrevista ao SporTV, antes de sua partida para Tóquio, o jovem atleta falou sobre sua deficiência. Ele contou que escuta "um sonzinho diferente". "As pessoas falavam que eu era um pouquinho diferente. Eu estava meio atrasado na escola também. Tinham algumas coisas que eu percebia que estavam diferentes, mas para mim estava normal. Era a minha realidade", comentou na ocasião.
Prata
A prata veio na prova dos 100m costas da classe S2 (deficiência físico-motora). Gabrielzinho fez o tempo de 2min2s47.
À frente de Gabriel Geraldo Araújo, de 19 anos, ficou apenas o chileno Alberto Abarza, que se tornou campeão paralímpico após atingir 2min00s40. Já o bronze quem levou foi Vladimir Danilenko, do Comitê Olímpico Russo, com a marca de 2min02s74.
Fonte: Agência Brasil